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Resenha: Alma?

11:54 Isabela Libório 2

A mistura perfeita de sobrenatural, steampunk* e romance. Quer mais? 
A história ainda se passa na Inglaterra do século XIX.

(O vestido da Alexia ficou um pouco estranho na imagem por causa do efeito)

   Desde a primeira vez que olhei pra esse livro, algo me disse que iria gostar muito. Feito. Eu adorei. Por sorte, ganhei em um sorteio – primeiro que ganhei na vida, finalmente – e fiquei muito feliz, foi o primeiro livro que recebi diretamente de uma editora, digamos assim. Resolvi ler sabendo absolutamente nada sobre a história, ou melhor, só sabendo que era um steampunk.
   









   Além do sufoco para usar vestidos repletos de camadas e mais camadas de anáguas e anquinhas, Alexia Tarabotti suporta a implicância da sua família pelo fato de que, aos 26 anos, ainda se encontra solteira. A sua aparência foge dos padrões da época: nariz avantajado, lábios cheios, pele azeitonada e corpo repleto de curvas – diferentemente das suas irmãs loiras, donas de grandes olhos azuis e lábios delicados. A srta. Tarabotti possui, também, uma característica nada comum: ausência de alma. Sim, ela é uma preternatural e seu toque é capaz de anular a força de seres sobrenaturais – como vampiros, lobisomens e fantasmas.  

  A história começa quando Alexia, entediada durante mais um baile da sociedade, resolve fugir para a biblioteca da residência. Chegando lá, é surpreendida por um vampiro atrevido que tenta mordê-la, sem sucesso. O que a criatura não sabia era que a moça podia anular seus poderes, deixando-o apavorado. A situação acaba com a morte do vampiro durante uma tentativa de defesa da srta. Tarabotti, causando certa confusão e obrigando que haja intervenção do Alfa, Lorde Maccon e do Beta, professor Lyall, ambos membros do DAS (Departamento de Arquivos Sobrenaturais).


   A situação intriga o Departamento, pois todo ser sobrenatural que se preze sabe sobre a existência de seres sem alma e consegue reconhecê-los, o que certamente impediria a tentativa de ataque. Alexia acaba ficando como suspeita, a ideia de que o vampiro não possui uma colmeia – falarei sobre isso mais à frente – vem à tona e tudo precisa ser urgentemente resolvido.

   Lorde Maccon é um lobisomem charmoso e que possui bastante presença. O tal e srta. Tarabotti costumam discutir sempre que encontram oportunidade, o que não abala a moça por conta da sua personalidade teimosa e sua falta de papas na língua.

“  -Minha nossa, Randolph, por que ela simplesmente não se casa? – A pergunta foi feita em tom frustrado.
  Randolph Lyall encarou o Alfa, bastante confuso. Em geral, o conde era um homem muito perspicaz, apesar de toda a arrogância e da impertinência escocesa.
   - Ela já passou um pouco da idade, senhor.
  - Tolice! – exclamou Lorde Maccon – Não deve ter mais que um quarto de século.
  - E, além disso, é muito... – o professor procurou uma forma cortês de dizê-lo -... contundente.
  - Bah. – O aristocrata agitou uma das mãos, desconsiderando a ideia. – Só tem a personalidade um pouco mais forte que a maioria das mulheres deste século. Deve haver inúmeros cavalheiros esclarecidos que saberiam apreciar seu valor.”

   Eu gostei muito de como todo o cenário foi estruturado. No livro, os seres sobrenaturais são aceitos na Inglaterra – lugar onde se passa a história, o que me agradou muito – como parte da sociedade, já se diferenciando dos EUA, por exemplo. Como se passa no século XIX, o país é reinado pela Rainha Vitória, abelha-rainha da Colmeia de Westminster – responsável pela criação e transformação de vampiros. 


   Gail conseguiu encaixar o romance muito bem na história, fazendo com que o mesmo não ofuscasse os outros acontecimentos. O tal romance é até meio... quente, com algumas cenas bem humoradas.

   Toda essa atmosfera antiga me encanta e isso já foi um bônus para a história me agradar. Adoro essa coisa de frequentar jantares, parques e usar vestidos pomposos, o que é sempre falado em Alma?. Os personagens foram muito bem criados, cada um com sua personalidade e característica marcante. A personagem principal, Alexia foi, definitivamente, uma das personagens que mais gostei até hoje. Ela é bastante avançada para sua época, fala o que quer e é bastante engraçada, não se importando com o que pensam sobre sua “solteirice”. 

   No começo, fiquei um pouco confusa por conta do uso de algumas palavras difíceis pela autora, tive que consultar o dicionário algumas vezes por um tempo – lembrando que isso não é um ponto ruim, na verdade. Depois me acostumei, a leitura fluiu muito mais rapidamente e não consegui mais parar. 

   Achei a edição do livro muito bonita, por sinal. As páginas são amareladas e têm detalhes no início dos capítulos e na numeração das páginas.


    Só entendi o desenho desse polvo um pouco mais pra frente na história, então... Melhor não dizer aqui

   Recomendo bastante e estou ansiosa para as próximas edições. Digo, não por achar que precise de continuação, até porque a história foi bem resolvida, mas sim por ter gostado da escrita, do enredo e dos personagens. 

      Próximas edições:
      2 - Metamorfose (já disponível no Brasil);
  3 - Blameless
 4 – Heartless;
5 - Timeless;

*Steampunk, bem resumidamente, seria a adição de tecnologias/conhecimentos 
modernos em cenários do passado.

2 comentários:

  1. Fiquei com mais vontade agora! haha
    Ótima resenha! Fotos lindas *.*

    Beijos!

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    Respostas
    1. Opa, que ótimo então! HUAHUA Leia e me conte o que achou, vai gostar :3
      Muito obrigada, que amor você!

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