livros,
Resenha: Alma?
A mistura perfeita de sobrenatural, steampunk* e romance. Quer mais?
A
história ainda se passa na Inglaterra do século XIX.
(O vestido da Alexia ficou um pouco estranho na imagem por causa do efeito)
Desde
a primeira vez que olhei pra esse livro, algo me disse que iria gostar muito.
Feito. Eu adorei. Por sorte,
ganhei em um sorteio – primeiro que ganhei na vida, finalmente – e fiquei muito
feliz, foi o primeiro livro que recebi diretamente de uma editora, digamos
assim. Resolvi ler sabendo absolutamente nada sobre a história, ou melhor, só
sabendo que era um steampunk.
Além
do sufoco para usar vestidos repletos de camadas e mais camadas de anáguas e
anquinhas, Alexia Tarabotti suporta
a implicância da sua família pelo fato de que, aos 26 anos, ainda se encontra
solteira. A sua aparência foge dos padrões da época: nariz avantajado, lábios cheios, pele azeitonada e corpo repleto de
curvas – diferentemente das suas irmãs loiras, donas de grandes olhos azuis e
lábios delicados. A srta. Tarabotti possui, também, uma característica nada
comum: ausência de alma. Sim, ela é uma preternatural
e seu toque é capaz de anular a força de seres sobrenaturais – como vampiros, lobisomens
e fantasmas.
A
história começa quando Alexia, entediada durante mais um baile da sociedade,
resolve fugir para a biblioteca da residência. Chegando lá, é surpreendida por
um vampiro atrevido que tenta mordê-la, sem sucesso. O que a criatura não sabia
era que a moça podia anular seus poderes, deixando-o apavorado. A situação
acaba com a morte do vampiro durante uma tentativa de defesa da srta.
Tarabotti, causando certa confusão e obrigando que haja intervenção do Alfa, Lorde Maccon
e do Beta, professor
Lyall, ambos membros do DAS (Departamento de Arquivos Sobrenaturais).
A
situação intriga o Departamento, pois todo ser sobrenatural que se preze sabe sobre a existência de
seres sem alma e consegue reconhecê-los, o que certamente impediria a tentativa
de ataque. Alexia acaba ficando como suspeita, a ideia de que o vampiro não
possui uma colmeia – falarei sobre isso mais à frente – vem à tona e tudo
precisa ser urgentemente resolvido.
Lorde Maccon é um lobisomem charmoso e que
possui bastante presença. O tal e srta. Tarabotti costumam discutir sempre que
encontram oportunidade, o que não abala a moça por conta da sua personalidade teimosa
e sua falta de papas na língua.
“ -Minha nossa,
Randolph, por que ela simplesmente não se casa? – A pergunta foi feita em tom
frustrado.
Randolph Lyall encarou
o Alfa, bastante confuso. Em geral, o conde era um homem muito perspicaz,
apesar de toda a arrogância e da impertinência escocesa.
- Ela já passou um
pouco da idade, senhor.
- Tolice! – exclamou
Lorde Maccon – Não deve ter mais que um quarto de século.
- E, além disso, é
muito... – o professor procurou uma forma cortês de dizê-lo -... contundente.
- Bah. – O aristocrata
agitou uma das mãos, desconsiderando a ideia. – Só tem a personalidade um pouco
mais forte que a maioria das mulheres deste século. Deve haver inúmeros
cavalheiros esclarecidos que saberiam apreciar seu valor.”
Eu
gostei muito de como todo o cenário foi estruturado. No livro, os seres
sobrenaturais são aceitos na Inglaterra – lugar onde se passa a história, o que
me agradou muito – como parte da sociedade, já se diferenciando dos EUA, por
exemplo. Como se passa no século XIX, o país é reinado pela Rainha Vitória,
abelha-rainha da Colmeia de Westminster – responsável pela criação e
transformação de vampiros.
Gail
conseguiu encaixar o romance muito bem na história, fazendo com que o mesmo não
ofuscasse os outros acontecimentos. O tal romance é até meio... quente, com
algumas cenas bem humoradas.
Toda
essa atmosfera antiga me encanta e
isso já foi um bônus para a história me agradar. Adoro essa coisa de frequentar
jantares, parques e usar vestidos pomposos, o que é sempre falado em Alma?. Os personagens foram muito bem
criados, cada um com sua personalidade e característica marcante. A personagem
principal, Alexia foi, definitivamente, uma das personagens que mais gostei até
hoje. Ela é bastante avançada para sua época, fala o que quer e é bastante
engraçada, não se importando com o que pensam sobre sua “solteirice”.
No
começo, fiquei um pouco confusa por conta do uso de algumas palavras difíceis
pela autora, tive que consultar o dicionário algumas vezes por um tempo –
lembrando que isso não é um ponto ruim, na verdade. Depois me acostumei, a
leitura fluiu muito mais rapidamente e não consegui mais parar.
Achei
a edição do livro muito bonita, por sinal. As páginas são amareladas e têm
detalhes no início dos capítulos e na numeração das páginas.
Só entendi o desenho desse polvo um pouco mais pra
frente na história, então... Melhor não dizer aqui.
Recomendo bastante e estou ansiosa para as
próximas edições. Digo, não por achar que precise de continuação, até porque a
história foi bem resolvida, mas sim por ter gostado da escrita,
do enredo e dos personagens.
Próximas edições:
2 - Metamorfose (já disponível no Brasil);
4 – Heartless;
5 - Timeless;
*Steampunk, bem resumidamente, seria a
adição de tecnologias/conhecimentos
modernos em cenários do passado.
Fiquei com mais vontade agora! haha
ResponderExcluirÓtima resenha! Fotos lindas *.*
Beijos!
Opa, que ótimo então! HUAHUA Leia e me conte o que achou, vai gostar :3
ExcluirMuito obrigada, que amor você!