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Resenha: Lonely Hearts Club

20:24 Isabela Libório 0


   Acho que os motivos pelos quais comprei esse livro são óbvios: seu nome e sua capa inspirada em uma das minhas bandas preferidas de todos os tempos e, devo ressaltar, minha primeira banda preferida de todos os tempos: Beatles. Além disso, ouvi alguns elogios sobre a história e resolvi experimentar.

   Essa foi uma resenha muito gostosa de preparar por conta de todas as referências à banda. Sempre que um nome ou frase for relacionada à mesma, destacarei para que vocês possam clicar e ouvir a música em que a autora se inspirou.


   Penny Lane Bloom sempre fora apaixonada por seu melhor amigo de infância e, na sua cabeça, seu destino ao lado dele já estava traçado e docemente selado com um “felizes para sempre” típico de um conto de fadas meloso e clichê. Mas, como nem tudo na vida pode ser planejado, as coisas não saíram exatamente do modo que desejava. Após sentir-se amargamente traída pelo garoto quando achava que ele seria finalmente seu, Penny promete a si mesma nunca mais namorar até o fim do colégio.

   Como já fiz em muitos momentos da minha vida, a personagem principal - e narradora da história – resolve recorrer ao poder da música. Mas não de qualquer música: a dos Beatles.

“Só havia uma coisa que eu podia fazer para aliviar a dor. Recorri aos únicos garotos que nunca tinham me decepcionado. Os únicos caras que nunca partiram meu coração, que nunca me desapontaram.
John, Paul, George e Ringo.”

   Pausa pra dizer uma coisinha: Como é possível perceber, o nome de Penny Lane foi escolhido pelos pais da mesma como forma de homenagear a banda. Obcecados pelo som e com uma história de amor iniciada ao se encontrarem em um santuário improvisado em Chicago na data em que John Lennon fora assassinado, decidiram nomear suas três filhas baseando-se em obras da banda: Lucy, Rita e Penny Lane.

   Durante seu momento de reflexão ao som de uma boa música e da voz de sua amiga Tracy no telefone, Penny observou seu pôster do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band com olhos diferentes e foi aí que teve a ideia: criaria um clube com o objetivo de acabar com esse sentimento de ser sempre enganada e usada e concentrar-se mais em sim mesma. Um clube com uma única participante. O Lonely Hearts Club.


   O que a garota não fazia ideia era do sucesso que essa sua criação teria em sua escola. Após ter o apoio que precisava e perceber que não estaria sozinha nessa, resolve levar a coisa a sério. Um grupo grande de meninas começa a se reunir em sua casa todos os Sábados, deixando os pais de Penny extremamente orgulhosos – principalmente pela referência a sua banda favorita no nome do clube – e regras começam a ser criadas.

   Ao longo da história, ela percebe que as pessoas mudam e, quem antes poderia parecer odiável, acaba se tornando uma parte importante da sua vida. Percebe que nem todos os meninos naquela escola mereciam ser ignorados ou considerados inimigos. Além disso, aprende a lidar com fofocas, passar por cima do que te faz mal e enfrentar seus medos, fazendo com que tudo dê certo. A amizade das meninas no grupo é muito bonita e forte, já que estão todas dispostas a acabar com todo o drama que o amor pode causar. Percebemos claramente o amadurecimento de Penny Lane e eu gostei bastante disso.

   No início, quando vi que a personagem pretendia proibir a si mesma de namorar qualquer garoto daquela escola e passou a considerá-los todos idiotas por causa de um caso específico, achei a decisão meio infantil. Não gosto de generalizações e fiquei um pouco irritada com a situação, mas depois, como disse, ela acaba amadurecendo e é muito legal acompanhar essa transição.

   Eu gostei bastante das referências feitas aos Beatles e sorria sempre que encontrava alguma. Já começa pela capa, onde há uma adaptação do álbum Abbey Road e pelo título baseado no álbum/música Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Além disso, o livro é dividido em partes, onde cada uma delas é iniciada com um trecho de música. Durante a leitura, encontramos, também, alguns trechos relacionados ao momento pelo qual a personagem está passando nos diálogos e até na narração mesmo.


Uma das partes que dividem o livro, como disse. (ouça Yesterday)

Exemplo de trecho onde uma música é citada <3 (ouça Getting Better)

   As páginas são amareladas, a fonte é média e a leitura é muito fluida e rapidinha. A edição é bastante bonita, não me lembro de reclamação alguma pra fazer. O romance contido no livro é muito fofo e dá aquele friozinho na barriga, mas acaba não sendo tão previsível assim, o que é bem interessante. Recomendo pra você que é fã dos Beatles como eu, pra você que gosta de romances fofos, ou até pra você que quer passar o tempo lendo algo leve.

Primeira página do livro. Não parece, mas a metade esquerda da foto é 
o fundo da capa. Ele tem orelha sim, é que ela está aberta.

Bônus:
   Não resisti e tirei algumas fotos da parte de dentro do meu Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, porque ele é lindo, beijos.




Fim do post! Desculpem pelo exagero de fotos, não resisti. <3

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