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Resenha: Princesa Adormecida
"Quase não me lembro da minha vida até os 5 anos. Só tenho certeza de uma coisa: eu era constantemente vigiada. Meus pais e meus avós sempre estavam perto de mim. Só mais tarde, quando cheguei ao Brasil, é que me explicaram a razão de toda aquela vigília. Eu havia sido sequestrada e a ameaça de um novo crime me rondava o tempo todo."
A
minha vontade de ler Paula Pimenta, definitivamente, não é algo recente. A
minha curiosidade era, na verdade, pra experimentar a série Fazendo Meu Filme,
já que sabia que me agradaria – romances não são muito o meu estilo, mas o fato
de ser escrito por uma brasileira me interessou -. Comprei Princesa Adormecida
primeiro por ter encontrado em uma promoção e iniciei a leitura já não
esperando muita coisa por ter ouvido algumas críticas. Acabou que foi muito bom
não ter criado expectativas, já que achei o livro bem fraquinho e meio “cabeça
nas nuvens” demais.
Áurea Roseanna Bellora vive com
seus tios superprotetores e leva, aparentemente, uma vida normal. Digamos que
só na aparência mesmo, porque a vida da personagem já começou tumultuada: durante
o casamento de seus pais em Liechtenstein, Áurea, com somente 9 meses de idade,
foi sequestrada por Marie Malleville, uma suposta amiga do
casal que não suportava o fato de não poder ter Stefan Bellora – o pai da
garota - pra si. Ela não conseguiu concluir o crime e foi presa em flagrante,
mas passou a ameaçar a família constantemente, declarando que faria a menina
sofrer o que sofreu e que a mesma só estaria livre quando atingisse a
maioridade. Podemos perceber por aí algumas semelhanças com o conto da Bela
Adormecida, no qual a história foi baseada.
Com
medo do que poderia estar por vir, os pais de Áurea optam por forjar a morte da
garota e mandá-la para morar no Brasil com seus três tios, que acabam fazendo
de tudo para garantir a segurança da sobrinha desde já. Mas isso não a impede
de conhecer seu príncipe encantado de
um jeito um tanto quanto aleatório: enquanto se dirigia à aula de francês, ela
recebe uma mensagem de celular escrita na língua francesa de um número
desconhecido e cujo remetente parece demonstrar certo interesse por ela. É aí
que o romance começa.
Eu
gostei bastante da escrita da Paula Pimenta. Achei descontraída, fluida e
gostosa de ler, mas fiquei um pouco irritada com o quão fora da realidade é
essa história. Não que eu não curta uma ficção, pelo contrário, é o meu gênero
favorito! O problema é que a ideia do livro era adaptar um conto de fada para a
modernidade, então teria que ser algo realista, palpável. Achei o romance
repentino e superficial demais, nem consegui achar fofo, pareceu muito forçado.
Também não me apeguei nem um pouco aos personagens e me irritei com eles
algumas vezes, infelizmente.
A
edição do livro é muito bonita, pelo menos, e me chamou a atenção por isso.
Suas páginas são grossas, amareladas e a fonte tem um bom tamanho. As trocas de
mensagens entre a personagem principal e seu paquera são colocadas em
balõezinhos e, em alguns momentos, encontramos ilustrações de folhas de caderno
rasgadas com bilhetes escritos, o que deixa a leitura um pouco mais dinâmica.
Apesar
de não ter curtido, li bem rapidinho. Isso por conta do modo de escrever da
Paula que, como disse, é bem leve. Também queria saber no que essa história
daria, mesmo sendo bem previsível. Não recomendo muito essa leitura, mas não
deixei de querer ler outros livros da autora por causa disso. Como eu disse, já
esperava por essa história mais rasa por causa de algumas críticas que ouvi por
aí e a minha ansiedade para ler Fazendo Meu Filme só aumentou.
(Vou
aproveitar esse post e dizer aqui que acabei – hoje mesmo – de ler o primeiro
livro da série Fazendo Meu Filme e gostei muito, como esperava. Não vou fazer
resenha por achar que já tem muitas por aí, mas darei uma opinião breve: o livro
é uma fofura e nem parece que foi escrito pela mesma autora quando se trata da
história em si. Os personagens são cativantes e você devora as páginas
rapidinho, querendo saber tudo o que vai acontecer. Não tem um enredo
extraordinário, mas é uma delícia pra relaxar a cabeça e se encantar com um
romance fofo e – agora sim – merecido. Recomendo demais, diferente de Princesa Adormecida, e tô louca pra ler os
outros da série!)
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