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Resenha: Cidades de Papel

18:35 Isabela Libório 0


  Sim, eu sei que esse livro é super falado e a minha resenha não é novidade alguma, mas essa foi a minha primeira experiência com o John Green e achei válido falar um pouco mais sobre isso aqui, já que ele é tão renomado. O livro me surpreendeu, esperava algo mais... infantil (?) e fiquei impressionada, também, com o modo de escrever do autor, então li bem rapidinho. Não diria que amei, mas acho que foi um bom começo, né?
  Quentin Jacobsen – ou Q, como é apelidado – e Margo Roth Spiegelman são vizinhos e costumavam dividir passeios de bicicletas quando pequenos. Entre tantas brincadeiras, o garoto começou a cultivar certa admiração pela amiga, ela parecia ser a garota mais incrivelmente linda que podia conhecer. Como nada é perfeito, o tempo pode mudar as coisas e, consequentemente, os dois acabam se afastando. Margo torna-se a invejável popular do colégio e Quentin continua entre o grupo dos nerds, dividindo essa posição com seus amigos Ben e Radar. Porém... a paixão platônica dele pela vizinha continua presente e bastante intensa.

  É numa noite, a princípio, comum que uma criatura com grandes olhos azuis bate na sua janela: a incrível Margo. Vestida inteiramente de preto e com o rosto pintado da mesma cor, ela pede o carro da mãe de Quentin emprestado. Mas não é só isso: ele ainda deve servir de piloto de fuga, porque sua paixão platônica pretende sair pela cidade colocando em prática seu plano de vingança contra todos que a magoaram e, pra isso, precisa de ajuda.

“- Hoje, meu bem, vamos acertar um monte de coisas que estão erradas. E vamos estragar algumas que estão certas. Os últimos serão os primeiros; e os primeiros serão os últimos; os mansos herdarão a terra. Mas, antes de redefinir completamente o mundo, precisamos fazer compras.” 


  Depois de uma noite tão intensa e divertida, Q imagina ter conquistado a confiança da garota novamente e volta pro colégio, na manhã seguinte, acreditando que tudo vai passar a ser melhor. Ele não estava exatamente certo, já que Margo acaba desaparecendo sem explicações. Isso era algo normal pra maioria das pessoas, já que a garota costumava sumir e isso era considerado um jeito que a mesma tinha de chamar a atenção de todo mundo. Porém, Quentin não engole essa história, resolve não ignorar o acontecimento e ir de encontro a ela, tendo que juntar muitas peças e pensar como Margo para poder realizar o que pretendia.

“Margo sumia com tanta frequência que ninguém organizava campanhas no colégio para encontrá-la ou coisa parecida, mas todos sentíamos sua falta. O ensino médio não é nem uma democracia, nem uma ditadura – nem, contrariando a crença popular, uma anarquia. O ensino médio é uma monarquia de direito divino. E, quando a rainha sai de férias, as coisas mudam.”

(Por mais que pareça, eu não deixei passar spoiler algum nessa resenha, hein! 
Tudo isso foi necessário pra dar um gostinho do que se passa no livro.)
  O modo de escrever do John Green é bem divertido e fluido, isso ajuda bastante na velocidade da leitura. Além de me fazer rir algumas vezes, dá pra sentir que o narrador – no caso, Quentin – conversa com o leitor, mesmo que não literalmente, conseguimos nos sentir próximos dele.


  O fato de Margo ser tão misteriosa despertou demais a minha curiosidade, queria descobrir logo os motivos da mesma e as coisas que passavam por sua cabeça. Devo dizer que me decepcionei um pouco com o desfecho, esperava algo mais intenso – e até um plot twist, quem sabe – e fiquei meio entediada em certos momentos por ter achado que tudo estava demorando demais para se resolver.

  A história nos faz refletir sobre as relações que criamos ao longo da vida e sobre como, as vezes, colocamos expectativas demais nos outros – quando, na verdade, “pessoas são apenas pessoas” -. Curti a ideia do título da história e não conhecia a expressão “Cidade de Papel”, nem sabia que isso existia e foi uma experiência interessante – se você não sabe o que significa, tem tudo explicadinho no livro, hihi -.

  A Intrínseca caprichou na edição linda. A capa tem tudo a ver com o título e a história, chama a atenção e ainda é bonita. As páginas são amareladas, a fonte é de bom tamanho e as “partes” em que o livro foi dividido ficaram bem legais.



Recomendo, sim, a leitura e acho que foi um bom jeito de começar a ler John Green, né? Me contem se, como eu até pouco tempo, vocês ainda não tiveram contato com a obra do autor ou se já eram familiarizados e o que acham dele!

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