livros,
(Por
mais que pareça, eu não deixei passar spoiler
algum nessa resenha, hein!
Tudo isso foi necessário pra dar um gostinho do que se passa no livro.)
Recomendo, sim, a leitura e acho que foi um bom jeito de começar a ler John Green, né? Me contem se, como eu até pouco tempo, vocês ainda não tiveram contato com a obra do autor ou se já eram familiarizados e o que acham dele!
Resenha: Cidades de Papel
Sim,
eu sei que esse livro é super falado e a minha resenha não é novidade alguma,
mas essa foi a minha primeira experiência com o John Green e achei válido falar
um pouco mais sobre isso aqui, já que ele é tão renomado. O livro me
surpreendeu, esperava algo mais... infantil (?) e fiquei impressionada, também,
com o modo de escrever do autor, então li bem rapidinho. Não diria que amei,
mas acho que foi um bom começo, né?
Quentin
Jacobsen – ou Q, como é apelidado – e Margo Roth Spiegelman são vizinhos e costumavam
dividir passeios de bicicletas quando pequenos. Entre tantas brincadeiras, o
garoto começou a cultivar certa admiração pela amiga, ela parecia ser a garota
mais incrivelmente linda que podia conhecer. Como nada é perfeito, o tempo pode
mudar as coisas e, consequentemente, os dois acabam se afastando. Margo torna-se
a invejável popular do colégio e Quentin continua entre o grupo dos nerds, dividindo essa posição com seus
amigos Ben e Radar. Porém... a paixão platônica dele pela vizinha continua
presente e bastante intensa.
É
numa noite, a princípio, comum que uma criatura com grandes olhos azuis bate na
sua janela: a incrível Margo. Vestida inteiramente de preto e com o rosto pintado da
mesma cor, ela pede o carro da mãe de Quentin emprestado. Mas não é só isso:
ele ainda deve servir de piloto de fuga, porque sua paixão platônica pretende
sair pela cidade colocando em prática seu plano de vingança contra todos que a
magoaram e, pra isso, precisa de ajuda.
“- Hoje, meu bem, vamos acertar um monte de coisas que
estão erradas. E vamos estragar algumas que estão certas. Os últimos serão os
primeiros; e os primeiros serão os últimos; os mansos herdarão a terra. Mas,
antes de redefinir completamente o mundo, precisamos fazer compras.”
Depois
de uma noite tão intensa e divertida, Q imagina ter conquistado a confiança da
garota novamente e volta pro colégio, na manhã seguinte, acreditando que tudo
vai passar a ser melhor. Ele não estava exatamente certo, já que Margo acaba
desaparecendo sem explicações. Isso era algo normal pra maioria das pessoas, já
que a garota costumava sumir e isso era considerado um jeito que a mesma tinha
de chamar a atenção de todo mundo. Porém, Quentin não engole essa história, resolve não ignorar o acontecimento e ir de encontro a ela, tendo que juntar
muitas peças e pensar como Margo para poder realizar o que pretendia.
“Margo sumia com tanta frequência que ninguém
organizava campanhas no colégio para encontrá-la ou coisa parecida, mas todos
sentíamos sua falta. O ensino médio não é nem uma democracia, nem uma ditadura –
nem, contrariando a crença popular, uma anarquia. O ensino médio é uma
monarquia de direito divino. E, quando a rainha sai de férias, as coisas mudam.”
Tudo isso foi necessário pra dar um gostinho do que se passa no livro.)
O
modo de escrever do John Green é bem divertido e fluido, isso ajuda bastante na
velocidade da leitura. Além de me fazer rir algumas vezes, dá pra sentir que o
narrador – no caso, Quentin – conversa com o leitor, mesmo que não literalmente,
conseguimos nos sentir próximos dele.
O
fato de Margo ser tão misteriosa despertou demais a minha curiosidade, queria
descobrir logo os motivos da mesma e as coisas que passavam por sua cabeça.
Devo dizer que me decepcionei um pouco com o desfecho, esperava algo mais
intenso – e até um plot twist, quem
sabe – e fiquei meio entediada em certos momentos por ter achado que tudo
estava demorando demais para se resolver.
A
história nos faz refletir sobre as relações que criamos ao longo da vida e
sobre como, as vezes, colocamos expectativas demais nos outros – quando, na
verdade, “pessoas são apenas pessoas” -. Curti a ideia do título da história e
não conhecia a expressão “Cidade de Papel”, nem sabia que isso existia e foi
uma experiência interessante – se você não sabe o que significa, tem tudo
explicadinho no livro, hihi -.
A Intrínseca
caprichou na edição linda. A capa tem tudo a ver com o título e a história,
chama a atenção e ainda é bonita. As páginas são amareladas, a fonte é de bom
tamanho e as “partes” em que o livro foi dividido ficaram bem legais.
Recomendo, sim, a leitura e acho que foi um bom jeito de começar a ler John Green, né? Me contem se, como eu até pouco tempo, vocês ainda não tiveram contato com a obra do autor ou se já eram familiarizados e o que acham dele!
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