livros,
Resenha: O Príncipe da Névoa
Zafón
já me conquistou quando li, pela primeira vez, sua obra Marina (leia a resenha
aqui) e já conseguiu fazê-lo de novo com seu primeiro romance: O Príncipe da
Névoa. Seu talento pra escrita, enredos cheios de reviravoltas e pitadas de
terror têm tudo pra conquistar qualquer faixa etária.
Com
objetivos de fugir de toda a confusão da Segunda Guerra Mundial, Maximilian
Carver resolve que o mesmo e sua família deixariam a casa em que moraram por
dez anos e mudariam para a costa, num vilarejo longe da cidade. Max, seu filho,
não consegue absorver a ideia e logo se imaginou sem seus amigos e quadrinhos
prediletos.
“Naquele dia, sem saber, enquanto contemplava a
família andando para cima e para baixo com as malas e apertava nas mãos o
relógio dado por seu pai, Max deixou para sempre de ser um menino.”
A
casa para a qual a família acabara de se mudar era, antes, a residência de
verão do Dr. Richard Fleischmann e sua esposa Eva. O casal era extremamente
feliz, até o dia em que uma tragédia mudou sua vida. A história acaba
impressionando Max e não sai mais da sua cabeça, é aí que ele começa a
descobrir: o lugar é recheado de muitos mistérios. O garoto se depara com um
jardim abandonado enfeitado por estátuas bizarras, sua irmã mais velha – Alicia
– conta sobre alguns sonhos intrigantes que vem tendo e sua irmã caçula – Irina
– aparece com um gato um tanto quanto estranho.
Durante
um passeio de bicicleta pra conhecer o vilarejo, Max faz amizade com Roland, um
garoto um pouco mais velho que vive com seu avô, único sobrevivente de um
misterioso naufrágio e responsável pela construção e proteção do farol no alto
dos penhascos. Os dois garotos e Alicia se juntam para investigar tal
acontecimento e acabam percebendo que há muita coisa a se descobrir e entender
naquele lugar.
“(...) A luz dourada do
fogo se refletia nos rostos úmidos e brilhantes de Alicia e Roland. Max
observou os dois detidamente e resolveu falar.
-
Não sei como explicar, mas acho que está acontecendo alguma coisa – começou. –
Não sei o que é, mas é coincidência demais. As estátuas, esse símbolo, o
barco...”
A
escrita do Zafón é incrível e eu sempre me impressiono com isso, é difícil
parar de ler e não mergulhar na história de cabeça. Além disso, o livro é bem curto,
então dá pra terminar rapidinho sem desculpas.
Adorei
o modo como tudo se desenrolou e fiquei muito ligada em toda a história do
naufrágio, do casal e todo o mistério. Achei o enredo bom demais e a
reviravolta me deixou boquiaberta, novamente. Zafón tem o talento de colocar a
pitada certa de terror nas páginas e de conseguir fazer você sentir arrepios
com algumas descrições, nada muito forte ou que te faça parar a leitura, é tudo
no ponto certo – até porque eu não curto muito terror e adorei -. Não citei
acima, mas o livro tem um vilão, sim, e isso deu um toque ainda mais especial a
O Príncipe da Névoa, faz você querer entrar no livro e ajudar os personagens –
se bem que eu não sei se escaparia, hehe -.
Gostei
de como a capa se relaciona com a história e o livro é bem compacto, fácil de
carregar. As páginas são amareladas – uhu! – e a fonte e diagramação são
ótimas, não tenho do que reclamar.
Recomendo
demais a leitura pra qualquer idade, é uma história que, assim como a de
Marina, fica na sua cabeça por um bom tempo! Vale a pena conhecer esse autor
espanhol incrível cujas obras, aliás, pretendo ler por completo.
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