Resenha: Bidu - Caminhos

14:22 Isabela Libório 0

Essa é uma das graphic novels especiais da Turma da Mônica que estava me deixando mais curiosa pra ler e ter na estante. A obra é lindíssima, com ilustrações de se apreciar – por minutos, de tão detalhadas – e a história é um amorzinho. Bidu é um personagem muito querido – primeiro criado pelo Mauricio, aliás - e, por ter uma cadelinha de estimação, fiquei mais encantada ainda.

Em Caminhos, acompanhamos os dias difíceis de Bidu, um cachorrinho de rua azul que precisa correr atrás de um abrigo e comida todos os dias.

Debaixo de chuva, tempestades e entre brigas com cachorros da vizinhança, conhecemos a trajetória do mesmo até acabar encontrando Franjinha – quem aí lembra dele? -, um garoto que estava louco por um animal de estimação e não conseguia encontrar, de modo algum, aquele que tanto queria.

E, sim, a história é isso. Mas o caminho até uma vida digna com muito carinho, cama quentinha e ração é bem longo – e lindo -. E, devo dizer, de partir o coração, as cores e traços só ajudam a fortalecer ainda mais essas sensações.

Logo na primeira página dos quadrinhos, senti algo como um conforto e até uma sensação gostosa de nostalgia, as cores cuidadosamente escolhidas e o traço lindo me conquistaram logo aí. Achei uma fofura o modo como eles reproduziram o Franjinha – o inventor da turma do Mauricio – e o Bidu, é legal como podemos perceber a essência dos personagens mesmo desenhados por ilustradores diferentes.

Durante as páginas eu percebi que as ilustrações pareciam seguir uma paleta de cores – LINDA e bem “aconchegante”, aliás -, algo com uma predominância de tons de azul pastel, amarelo e roxo. Os traços são incríveis, os quadrinhos são cheios de detalhes e passam, realmente, sentimentos. Nas cenas do Bidu na chuva, por exemplo, meu coração apertou de um jeito!

Devo destacar o uso de balões com imagens pra representar as “falas” de Bidu e seus amigos – até Bugu e Dona Pedra dão as caras -, nunca tinha visto algo parecido e achei bem inteligente e divertido. Além disso, há bastante uso de onomatopeias, que deixam tudo mais real.

E o final? Eu, claro, fiquei com os olhos cheios d’água. Dá aquela sensação de coração quentinho, sabe? E, como em todas as graphic novels da coleção, podemos conferir um extra, nas últimas páginas, contando um pouco sobre a criação e o personagem real do Mauricio de Sousa.

A edição é fantástica, comprei a com capa dura – que foi, mais ou menos 10 reais mais cara do que a de capa “mole”, ou seja, 29,90 – e vale muito a pena. É inspirador e eu recomendo pra qualquer pessoa, de qualquer idade.

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