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Resenha: Charlie and the Chocolate Factory

19:37 Isabela Libório 0


 Todo mundo conhece a história d’A Fantástica Fábrica de Chocolate, né? Se nunca viu um dos filmes, já ouviu falar, com certeza. Mas acho que, como eu, quase ninguém sabia que tal história foi adaptada de um livro. A Fantástica Fábrica de Chocolate é um dos meus filmes favoritos e, quando descobri que saiu de um livro – cujo autor foi o mesmo de outras histórias que AMO, leia aqui a resenha de Matilda - , fiquei extremamente feliz e, agora, o livro é um dos meus favoritos da vida também.
A história
 Em uma casinha muito, muito simples e pequena vivem Charlie Bucket, seu pai, sua mãe e seus avós – todos os quatro deles -. Eles passam por situações difíceis e têm muito pouco dinheiro para se alimentar, tanto que, muitas vezes, os pais de Charlie insistem em deixar de comer para que o menino possa fazê-lo e cresça saudável. Mas o que mais deixa o garoto com água na boca é chocolate.

 Charlie, sempre que ia à escola, acabava passando em frente à famosa Fábrica de Chocolate da cidade. E não era qualquer fábrica, ela era enorme, famosa no mundo inteiro e, seu dono: Willy Wonka. Suas invenções eram inacreditáveis e incluíam sorvetes que nunca derretem, caramelos que mudam de cor e gomas de mascar que nunca perdem o gosto. Porém, uma das coisas que mais deixava todos intrigados era o fato de que ninguém entrava ou saía daquela fábrica há muito tempo e a mesma continuava a produzir seus deliciosos doces. O avô Joe de Charlie costumava contar as histórias sobre o Willy Wonka para o neto e encantá-lo ainda mais.

“Walking to school in the mornings, Charlie could see great slabs of chocolate piled up high in the shop windows, and he would stop and stare and press his nose against the glass, his mouth watering like mad. Many times a day, he would see other children taking creamy candy bars out of their pockets and munching them greedily, and that, of course, was pure torture.”*



 Infelizmente, a única barra de chocolate que o garoto tinha oportunidade de comer era a que sempre ganhava no dia do seu aniversário, ou seja, uma só vez no ano. Ele comia pedacinho por pedacinho para que pudesse saboreá-las durante mais tempo. De partir o coração mesmo, né?

 Foi aí que, de repente, a família de Charlie ficou sabendo que Willy Wonka havia resolvido abrir sua fábrica para 5 crianças e seus acompanhantes visitarem, um desses sortudos, no fim, receberia um prêmio especial. Para isso, era preciso achar um dos 5 bilhetes dourados em uma barra de chocolate Wonka. Claro que o garoto e seu avô Joe ficaram morrendo de vontade de encontrar o tal bilhete e poder conhecer os segredos desse tão famoso lugar, mas quais eram as chances de encontrarem sendo que só tinham a oportunidade de comprar uma barra por ano?


“You never know, darling,” said Grandma Georgina. ‘It’s your birthday next week. You have as much chance as anybody else.’ ‘I’m afraid that simply isn’t true,’ said Grandpa George. ‘The kids who are going to find the Golden Tickets are the ones who can afford to buy candy bars every day. Our Charlie gets only one a year. There isn’t a hope.”**
Minha opinião
 Ah, gente, como eu amo essa história! Adoro toda essa fantasia, essa criatividade, esse mundo meio que encantado do Willy Wonka e todos esses doces que desafiam a realidade. Adoro, também, como Roald Dahl critica certas atitudes muito sutilmente e dá algumas lições de moral. Falei pouquinho na resenha, sim, mas só pra dar um gostinho, apesar de que a maioria já sabe o que acontece.

 Charlie Bucket, como mostra o título, é o personagem principal. Porém, Willy Wonka se destaca bastante por sua excentricidade, criatividade e senso de humor. As crianças são bem características e acho isso legal: Augustus Gloop, o garoto mega guloso e cujos pais não se importam nem um pouco com o que ele come; Veruca Salt, a garota mimada que ganha tudo o que quer, quando quer; Violet Beauregarde, aquela que só quer saber de mascar chiclete e já bateu recordes de tempo mastigando a mesma goma; Mike Teavee, aquele que não sai de frente da televisão e cujos pais não mexem um dedo pra mudar e, bem, Charlie Bucket, o garoto simples e simpático que vocês já conhecem.

 Como lição de moral, os personagens acabam sofrendo consequências – boas ou ruins – dependendo de suas atitudes. Gosto demais de como Roald Dahl terminou o livro, acho que foi o modo perfeito e, realmente, merecido.

 As ilustrações que encontramos durante o livro são engraçadas, têm um traço diferente, parecem meio rabiscadas. Elas estão presentes em várias páginas e deixam o livro ainda mais divertido.


 Os Oompa-Loompas – misteriosos ajudantes do Willy Wonka – cantam várias canções em situações diferentes e, apesar de ter gostado, as vezes ficou meio cansativo por algumas serem bem extensas. Elas passam algumas mensagens legais e a que mais gostei foi sobre Mike Teavee.

 Como já disse, esse livro se tornou um favorito, amo ainda mais essa história agora. Vale a muito a pena ler, sério, principalmente em inglês por ser o original. O vocabulário é muito tranquilo, dá pra ler sem problemas, há algumas palavras inventadas, mas tudo faz parte dessa atmosfera meio mágica do livro. Essa edição é daquelas com folhas que parecem de jornal, capa sem orelha e meio mole. Isso me incomoda um pouco, mas curti a edição mesmo assim e adorei o fato de que vem com um bilhete dourado!
As adaptações


 A primeira adaptação é lá de 1971 e foi dirigida por Mel Stuart. Esse filme me dá uma sensação gostosa, meu pai adora ele e sempre costumava ver comigo, então essa é minha versão favorita "emocionalmente", hehe. Eu adoro o Willy Wonka dessa adaptação, acho ele super simpático, assim como no livro, mas mantendo seu senso de humor e ironia. Não é uma versão tão fiel, eles acrescentam bastante coisa. Gosto demais da Veruca, da Violet e do Vô Joe nesse filme, acho que os atores foram bem escolhidos. Só não curto muito o Charlie... Além disso, o filme é musical, não são só os Oompa-Loompas que cantam - diferente do livro -. 


 A segunda adaptação é de 2005 e foi dirigida pelo sensacional Tim Burton. Lembro que, da primeira vez que vi, não dei muita atenção, mas agora que revi gostei muito e adorei o quão fiel à história o filme é. Eles acrescentaram algumas coisas, sim - como a história do Willy Wonka com o pai, que não existe no livro -, mas acho lindíssima a fotografia e a atmosfera mágica que essa versão tem. Bem, apesar do Willy Wonka ter sido feito pelo incrível Johnny Depp, eu prefiro o da versão antiga. Acho esse meio antipático, meio "não me toque". Tudo bem que criaram um motivo pra isso, mas não me agradou muito. Adoro os personagens desse também, principalmente o Charlie, mas ainda prefiro a Violet, a Veruca e o Vô Joe do de 1971. Apesar de tudo, fiquei encantada.

Qual a versão preferida de vocês? Quem aí já leu o livro? Não esqueçam de comentar, isso me dá mais ânimo e gosto de saber o que agrada - ou não - vocês!

*"Nas manhãs em que andava para ir à escola, Charlie podia ver grandes barras de chocolate empilhadas nas janelas das lojas, e ele parava e encarava e pressionava o nariz contra o vidro, sua boca cheia de água. Muitas vezes ao dia, ele via outras crianças tirando cremosas barras dos seus bolsos e as mastigando vigorosamente sem culpa, e isso, é claro, era pura tortura".

**'Nunca se sabe, querido,' disse Vovó Georgina. 'É seu aniversário semana que vem. Você tem tanta chance quanto qualquer outro.' 'Temo que isso não seja verdade,' disse Vovô George. 'As crianças que vão encontrar os Bilhetes Dourados são aquelas que podem comprar barras todos os dias. Nosso Charlie só ganha uma por ano. Não há esperança."
(traduções aproximadas) 

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