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Resenha: James and the Giant Peach

19:59 Isabela Libório 0



 O meu projeto de ler todos os livros de Roald Dahl continua a todo vapor e, cada vez mais, ele se torna um autor muito querido pra mim. Os filmes baseados em seus livros – leia a resenha de Matilda e Charlie and the Chocolate Factory – marcaram completamente a minha infância e James and the Giant Peach – ou James e o Pêssego Gigante – foi um deles. Assisti um milhão de vezes com meu irmão, me causa uma nostalgia gostosa. Já não lembro muito da história, então li sem saber o que aconteceria, foi uma ótima experiência e senti saudade de certa época da minha vida.
A história
 James Henry Trotter era um menino muito, muito feliz que vivia com seus pais numa casa pertinho do mar. Pra seu azar, essa vida quase perfeita não durou tanto quanto gostaria. Aos quatro anos, ele perdeu seus pais para um acontecimento terrível: ambos foram engolidos por um rinoceronte que fugira do zoológico de Londres.

 A tão amada casa em que vivia teve que ser vendida imediatamente e o garoto precisou ir morar com suas tias: Aunt Sponge e Aunt Spiker, duas mulheres extremamente egoístas e odiáveis.

 A vida de James passou a ser sem graça, solitária. Ele não podia, ao menos, encontrar outras crianças pra brincar ou descer o enorme morro em que a casa, isolada, estava localizada. Foi aí que depois de anos, finalmente, algo de interessante aconteceu com ele.

“After James Henry Trotter had been living with his aunts for three whole years there came a morning when something rather peculiar happened to him. And this thing, which as I say was only rather peculiar, soon caused a second thing to happen which was very peculiar: And then the very peculiar thing, in its own turn, caused a really fantastically peculiar thing to occur.”*


 Depois de correr para bem longe de suas tias por ter sofrido uma ameaça, James chorou e chorou escondido num jardim. Pra sua surpresa, um pequeno senhor surgiu detrás dos arbustos e ofereceu ao garoto pedrinhas verdes e brilhantes que, segundo ele, tinham um grandessíssimo poder.

“’There’s more power and magic in those things in there than in all the rest of the world put together’, the old man said softly.”**

 O senhor prometeu que, se James fizesse tudo o que ele dissera, sua vida mudaria completamente e coisas inacreditáveis aconteceriam. O garoto, nada bobo, seguiu os conselhos, mas acabou causando um pequeno – não tão pequeno assim – acidente que acabaria envolvendo um pêssego gigante, suas tias interesseiras e muitos insetos. Pois é, mas isso faz todo o sentido na história.

Minha opinião
 As histórias de Roald Dahl não cansam de me encantar. Ele tinha o dom em criar as situações mais doidas e divertidas que, ao mesmo tempo, trazem lições de moral e agradam quem quer que seja. Mesmo James and the Giant Peach não sendo meu livro favorito do autor, gostei bastante e a leitura foi super rápida. O inglês, novamente, é bem tranquilo e a escrita é fluida.

 James é um personagem muito amável, dá uma vontade de entrar no livro e arrancá-lo das mãos daquelas tias tão rudes, é de partir o coração mesmo. Os insetos, personagens secundários da história, têm um papel bem importante e cada um tem sua característica forte e nos ensina algo – no caso, sobre amizade e trabalho em grupo -.


 Roald Dahl chega a citar um elemento de outro livro seu que amo entre as páginas de James and the Giant Peach: a fábrica de chocolate Wonka de Charlie and the Chocolate Factory. Fiquei feliz com a surpresa, o que deu a entender que os personagens de ambos os livros vivem na mesma cidade.

 As ilustrações são, novamente, de Quentin Blake e têm um traço engraçado, meio rabiscado. Elas aparecem em várias páginas e ajudam a história a ficar ainda mais dinâmica e divertida.


 Eu curti o desfecho do livro, houve toda aquela tensão antes das coisas se ajeitarem e cada um teve o fim que mereceu. Como nos seus outros livros que já resenhei, o autor coloca algumas canções como as próprias falas dos personagens. Isso eu já não gosto muito, porque a maioria delas é longa demais, mas nada que me faça adorar menos Roald Dahl.
A adaptação
James and the Giant Peach – ou James e o Pêssego Gigante – ganhou uma adaptação para os cinemas em 1996, com direção de Henry Selick e produção de Tim Burton. O filme é uma mistura de stop-motion – sabe aquela sensação de que o filme é em 3D? Então, onde tudo é feito de massinha – e live action, o que eu adoro.

 Achei que, quando assistisse de novo, lembraria de tudo, mas me enganei. Parece que não vi tantas vezes quanto pensava, mas senti certa nostalgia mesmo assim e amei a adaptação. É bem fiel ao livro, apesar de ter algumas partes diferentes – como alguns momentos do final – e tem muitas canções iguais às escritas por Roald Dahl, ou seja, é um musical. Recomendo demais, tanto o filme quanto o livro, independente da idade que você, leitor, tenha.

Tradução aproximada:
*"Depois de James Henry Trotter estar vivendo com suas tias por três anos completos, veio uma manhã em que algo um pouco peculiar aconteceu com ele. E essa coisa que, como eu falei, foi só um pouco peculiar, logo causou uma segunda coisa que era muito peculiar: e, depois, a coisa muito peculiar, por sua vez, causou uma coisa peculiar realmente fantástica."
**"'Há mais poder e mágica nessas coisas aí do que em todo o resto do mundo colocado junto', disse o velho senhor, calmamente."

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