livros,
Resenha: O Curioso Caso de Benjamin Button
Desde
que descobri que Fitzgerald havia escrito, além de O Grande Gatsby – uma obra
que adoro -, O Curioso Caso de Benjamin Button, coloquei na minha cabeça que
tinha que ler essa história. Já tinha visto o filme quando descobri e já sabia
que a história era extremamente interessante, mas queria entrar de novo nesse
mundo pelas palavras do autor.
Muito
felizmente, acabou de sair uma nova Coleção Folha de Grandes Nomes da
Literatura e a tal obra que quero ler há tanto tempo estava entre os primeiros
volumes. Logo que saiu, corri pra bancas e adquiri o meu livro cuja edição,
aliás, está LINDA. Li no dia seguinte e curti muito, pena que é um conto tão
breve, de pouquíssimas páginas, fiquei desejando mais.
A história
Os
jovens Sr. e Sra. Button eram um casal da alta sociedade e se preparavam para
ter seu primeiro filho. Colocavam todas as suas expectativas na criança e
imaginavam um milhão de coisas pra que a mesma tivesse um futuro promissor. Mas
a vida resolveu surpreendê-los um pouco e, ao chegar no hospital para visitar
sua mulher e o bebê, o Sr. Roger Button foi recebido com olhares de pavor. Só
quando viu seu filho com os próprios olhos que entendeu: ele era um senhor de
idade.
“Os olhos do Sr. Button
acompanharam o dedo apontado da mulher, e eis agora o que ele viu. Enrolado num
volumoso cobertor branco, e parcialmente imprensado dentro de um dos berços,
estava um velho que aparentava ter cerca de setenta anos de idade. O cabelo
ralo era quase branco, e de seu queixo pingava uma longa barba de cor
esfumaçada, a qual oscilava absurdamente para lá e para cá, soprada pela brisa
que entrava pela janela.”
Ao
longo dos anos, ao contrário de todos a sua volta, Benjamin Button ficava mais
jovem e é a partir dessa peculiaridade que Fitzgerald desenvolve seu conto e
critica a obsessão da sociedade pela juventude eterna.
Minha opinião
A
única crítica que tenho a esse conto é seu tamanho, são só 50 páginas de história. É tão, tão curto que nem vi
quando terminou, fiquei desejando mais. A ideia de Fitzgerald é muito boa e
original, mas gostaria que ele tivesse desenvolvido mais e detalhado mais
momentos, poderia ser um livro enorme – assim como o filme, que é um milhão de
vezes mais longo -.
Adoro
como o autor faz críticas sutis, como em O Grande Gatsby. Dessa vez, ele
critica toda a obsessão das pessoas pela juventude e como as mesmas acabam
perdendo seu valor a partir do momento em que envelhecem. Fitzgerald não se
preocupa muito em explicar por que ou como esse fenômeno aconteceu, nem, ao
menos, como uma mulher conseguiu dar a luz a uma pessoa muito maior do que um bebê.
Mas isso não me incomodou.
Quanto
ao filme, eles só se basearam na ideia de Fitzgerald, porque é completamente
diferente, desde o início a tudo o que eles acrescentaram. Mas eu gosto da
adaptação, apesar de longa até demais. Digamos que senti que, apesar de ainda
ter um toque de drama, o livro acaba sendo mais “cômico” do que o filme.
Eu
fiquei completamente encantada pela edição que a Folha publicou. É LINDA, de
capa dura, incrível e aquarelada. As páginas são amareladas e contam com um
extra, que fala um pouco da coleção. Podem esperar por muitas resenhas de
clássicos por aqui, porque, se depender de mim, irei atrás de todos dessa
coleção.
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