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Resenha: Chico Bento - Pavor Espaciar

10:04 Isabela Libório 0


  Como vocês já devem saber, eu sou louca pela Turma da Mônica desde que me entendo por gente e os gibis criados pelo Mauricio de Sousa foram um dos responsáveis pela minha infância tão maravilhosa. Em comemoração aos 50 anos da Turma, alguns desenhistas foram convidados para recriar os personagens com seus traços e criar novas histórias em formato de graphic novel, fiquei louca com essa novidade e quero fazer uma coleção dessa versão. Até agora, tenho essa do Chico Bento criada pelo Gustavo Duarte e outra chamada Laços criada pelo Vitor e a Lu Cafaggi – é um amor, leia a resenha aqui -.
  Quando seus pais saem à noite para jantar com familiares, Chico Bento e seu primo Zé Lelé são deixados sozinhos em casa. Na companhia de Giserda e Torresmo – sua galinha e seu porquinho de “estimação” -, os meninos ficam tranquilos no sofá lendo algumas revistas em quadrinho. É aí que a noite não se mostra tão agradável assim e Chico percebe que não estão sozinhos: sua casa foi invadida por alienígenas.


  Os meninos, Giserda e Torresmo acabam sendo abduzidos e, pelo jeito, os seres de outro planeta pretendem fazer uns experimentos bem bizarros. O instinto heroico de Chico desperta e ele decide que vai voltar pra casa junto com os amigos de qualquer jeito – e antes dos seus pais chegarem, se possível -.
  Como em Laços e mesmo nas histórias originais da Turma da Mônica, o enredo é bem simples e tranquilo. Isso, pra mim, não é problema algum, já que sou encantada por esse universo criado pelo Mauricio. A história me fez rir bastante, o autor explorou muito bem a fala característica do Chico e as expressões ficaram uma comédia. Fiquei super encantada pelo traço do Gustavo Duarte, os desenhos são lindos, dá vontade de ficar um bom tempo olhando e percebendo cada detalhe.



  Na loja em que comprei a graphic novel, uma das vendedoras me disse que as obras do Gustavo Duarte possuem uma característica bem legal e peculiar: a falta de diálogo nos quadrinhos. Nessa obra, obviamente, foi diferente, já que o sotaque caipira dos meninos é uma marca registrada. Ainda assim, encontramos várias cenas sem diálogo algum, o que foi bem interessante pra mim, porque o artista conseguiu dar movimento e vida às tais cenas do mesmo jeito.

  A história é recheada de referências a outros personagens da própria Turma da Mônica, artistas, coisas relacionadas à vida pessoal do Gustavo e até de Star Wars. É legal reparar nos detalhes dos desenhos exatamente por isso, dá pra perceber alguns easter eggs muito legais. Além disso, dei muita risada com as expressões, os diálogos e com as próprias referências.



  A capa da graphic novel me chamou muito a atenção, achei linda a combinação de cores. Dessa vez, comprei a versão em capa dura e, sinceramente, vale muito mais a pena! Como em todas as obras da coleção – se não me engano -, podemos encontrar informações sobre o processo de criação, o surgimento do Chico Bento e um pouco da história do Gustavo Duarte. É uma obra encantadora, muuuito caprichada e digna de estar na coleção de todos os fãs da Turma da Mônica.




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